segunda-feira, 29 de junho de 2009

I Syke When Y Singe

I Syke When Y Singe é um poema meditativo sobre a Crucificação de Cristo encontrado no manuscrito MS Harley 2253. O poema começa com a imagem de Cristo pregado na cruz, e com Maria de um lado e São João do outro, uma imagem típica achada em esculturas, paredes, altares de igrejas e em manuscritos em toda a Idade Média. O poema é escrito no inglês médio, pertence ao começo do século 14 e o autor é desconhecido.
Este mesmo poema também é encontrado no manuscrito MS Digby 2, f. 6r. A única diferencia entre os dois é que no neste manuscrito e quinta e sexta estofes são trocadas de lugar com a deste poema.

Texto:

I syke when Y singe
For sorewe that Y se,
When Y with wypinge
Biholde vpon the tre
Ant se Iesu the suete
Is herte blod forlete

For the loue of me.
Ys woundes waxen weete,
Thei wepen stille and mete;
Marie, reweth the.


Heghe vpon a doune
Ther al folk hit se may,
A mile from vch toune,
Aboute the midday,
The rode is vp arered;

His frendes aren afered
Ant clyngeth so the clay.
The rode stond in stone;
Marie stont hire one
Ant seith 'Weilawei!'

When Y the biholde

With eyghen bryhte bo,
Ant thi bodi colde,
Thi ble waxeth blo;
Thou hengest al of blode
So heghe vpon the rode

Bituene theues two.
Who may syketh sore
Ant siht al this wo.

The naylles beth to stronge,
The smythes are to sleye,
Thou bledest al to longe,

The tre is al to heyghe,
The stones beoth al wete;
Alas! Iesu the suete,
For non frend hast thou non
Bote Seint Iohan mournynde,
Ant Marie wepynde

For pyne that the ys on.

Ofte when Y syke
Ant makie my mon,
Wel ille thah me like
Wonder is hit non
When Y se honge heghe

Ant bittre pynes dreghe
Iesu my lemmon;
His wondes sore smerte,
The spere al to is herte
Ant thourh is sydes gon.

Ofte when Y syke
With care Y am thourhsoht;
When Y wake, Y wyke;

Of serewe is al mi thoht.
Alas, men beth wode
That suereth by the Rode
Ant selleth him for noht
That bohte vs out of synne.
He brings vs to wynne
That hath vs duere boht.


Tradução:


Eu suspiro quando canto
Pela dor que eu vejo,
Quando eu, derramando lágrimas,
Olho para a Cruz,
E vejo o belo Jesus
Derramar o sangue de seu coração

Pelo meu amor.
Suas feridas ficam mais molhadas,
Eles choram quietamente e gentilmente;
Maria, chora por você.


Alto em um morro
Onde todos possam ver,
Uma milha de qualquer cidade,
Ao meio-dia,
A cruz é levantada;
Seus amigos estão assustados
E frios com medo.
A cruz esta de pé em uma rocha;

Maria esta sozinha
E ela lamenta "Ai de mim!"


Quando eu olho para você,
Com dois olhos brilhantes,
E seu corpo frio,
Sua face fica mais pálida;
Você esta pendurado coberto de sangue
Tão alto na cruz,
Entre dois bandidos.
Quem pode suspirar mais?
Maria suspira profundamente

E vê todo este sofrimento.

Os pregos são muito fortes,
Os ferreiros são muito competentes,
Você sangra por muito tempo,
A cruz esta muito alta,
As pedras todas molhadas;
Que dor! Belo Jesus!
Pois você não tem amigo algum

Exceto São João chorando,
E Maria pranteando
Pelo tormento que você sofre.


Muitas vezes eu suspiro
E lamento
Se me traz dor
Não é nada de se espantar
Quando eu vejo pendurado no alto
E sofrendo grandes dores

Jesus, o meu amado;
Suas feridas o machucam cruelmente,
A lança perfurando o seu coração
E os seus lados.

Muitas vezes eu suspiro
E sou perfurado por dor;
Quando estou acordado, eu perco as forças;
Todos meus pensamentos são de dor.
Ai, estes homens são loucos
Que profanam enfrente de Cruz
E o traem por nada

Aquele que nos livrou do pecado.
Que ele nos traga ao estado benção
Aquele que amorosamente nos comprou.

A pagina do manuscrito MS Harley 2253, f.80ra:



Detalhe do p
oema:



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